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"Acredito no diálogo", relata Alckmin em relação MP da reoneração gradual da folha de pagamento
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A medida provisória tem medidas econômicas para reduzir o déficit foi compartilhada na sexta-feira (29)
- Por Camilla Ribeiro
- 31/12/2023 15h36 - Atualizado há 9 meses
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste domingo (31) que confia no diálogo para que a Medida Provisória (MP) que trata da reoneração da folha de pagamentos obtenha a aprovação pelo Congresso Nacional.
"Acredito no diálogo. Lula é o presidente do diálogo. Não é fácil resolver dois problemas de uma vez, como arcabouço e reforma" relata Alckmin.
A Medida Provisória que estabelece uma reoneração progressiva a partir de 10 de abril de 2024, foi divulgada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (29).
A iniciativa confronta a resolução adotada pelo Congresso Nacional, que revogara a objeção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia do Brasil.
Parlamentares reagiram negativamente à decisão do ministro Fernando Haddad.
A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), por exemplo, já solicitou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a devolução da proposta ao Palácio do Planalto.
Pacheco expressou que viu com "estranheza" a medida e que fará uma análise "técnica" e "apurada" sobre o conteúdo da matéria.
Ele também planeja discutir o assunto nos próximos dias com lideres partidários da Câmara e do Senado.
Na sexta-feira (29), depois do governo editar a MP, o Alckmin já havia saído em apoio de defender a reoneração definida pelo Ministério da Fazenda.
"É uma Medida Provisória que procura de um lado ficar atento a constitucionalidade e de outro lado atento as contas públicas e reduzir o impacto no déficit", disse.
Durante a coletiva de hoje, Alckmin reiterou a reafirmar essa "preocupação" do governo com a meta.
Análise de 2023
Perguntado sobre os primeiros 365 dias de trabalho do governo Lula, Alckmin analisou 2023 como um "ano bom".
Para ele, três fatores em declínio mereceram atenção: a cotação do dólar, que iniciou o ano a R$ 5,29 e finalizou em R$ 4,85; a avaliação de risco do Brasil: e a taxa de juros, que apesar de se manter alta, mantem uma tendência constante de redução desde a reunião de agosto do Comitê de Política Monetária do Banco Central.
Até essa redução, - a primeira em três anos - a taxa Selic permaneceu em 13,75% ao ano desde agosto de 2022, e agora encerrando 2023 a 11,75%.
Num ano caracterizado pela queda do desemprego e pelo recorde do número de pessoas ocupadas; pela alta histórica do Ibovespa, a bolsa de valores de São Paulo; e pelo recorde de exportações, Alckmin elogia os esforços do governo.
"Lula foi inclusivo, com estabilidade e desenvolvimento com sustentabilidade. Foi um ano bom" declarou o vice-presidente.